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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Resenha: Meg Cabot - Ela Foi Até o Fim


Meg Cabot - Ela Foi Até o Fim.

Título original: She went all the way.
Editora: Galera Record
Ano: 2010
Páginas: 399

Lou Calabrese é uma roteirista de sucesso – já escreveu vários roteiros de ação que renderam milhões de dólares de bilheteria e até ganhou um Oscar! O problema é que seu namorado, o grande astro do filme, resolveu deixá-la pela estrela principal, e agora lhe resta provar que conseguirá passar por tudo para esquecê-lo.
O que ela não esperava é que esse “tudo” significasse atentados contra a sua vida e sobreviver numa montanha congelada com o home que mais odeia na face da Terra como único companheiro... Será que ela vai sobreviver a esta aventura? E será que, no final, encontrará o verdadeiro amor?

Comentários:

Os livros da Meg são sempre divertidos e impossíveis de largar antes do final... e esse é mais um na longa lista de romances adoráveis dessa autora.
É necessário acrescentar que o livro é voltado para o público adulto, mas – não sei o que acontece nas livrarias... pelo menos nas da minha cidade, Natal/RN – pode ser encontrado juntamente com os títulos infantis/juvenis da autora... o mesmo ocorre com “A Rainha da Fofoca”. Se querem separar os livros de acordo com a faixa etária, vamos tomar cuidado com essas generalizações, achando que tal autor só escreve para determinado público e nem consultar a ficha catalográfica para se certificar disso...

Vamos aos detalhes dessa história:

Lou Calabrese acaba de ganhar um Oscar pelo filme Hindenburg, considerado um “magnífico triunfo do espírito humano”. O problema é que ela escreveu esse roteiro para alavancar a carreira de seu namorado, Barry (agora conhecido como Bruno di Blase), que se tornou um dos atores mais balados de Hollywood e fugiu com a sua companheira de cena, Greta. Depois disso, Lou jurou nunca mais namorar atores... só que ela não esperava estar no mesmo avião e presenciar a tentativa contra a vida de Jack Townsend, ex de Greta e ator principal de seu filme. Durante a luta contra o assassino contratado, o avião cai e os dois são obrigados a conviver, buscar refúgio numa região congelada e fugir de novos bandidos. Será que eles continuarão como “cães e gatos” ou se entregarão ao sentimento verdadeiro?

Esclarecendo alguns pontos:

* Lou é uma mocinha que, apesar de ter sido abandonada, não fica trancada em casa lamentando-se da vida. Ela é corajosa, inteligente e bem humorada. Viciada em filmes, procura inspiração nessas experiências para enfrentar a realidade de estar perdida em plena neve e ainda sendo perseguida por vários matadores profissionais. Tendo pai e irmãos policiais, Lou sabe direitinho como se defender dos avanços – nada inconvenientes, devo acrescentar – de Jack. Até fiquei com pena dele em algumas ocasiões...

* Jack não sabe o que é um relacionamento longo e firme, ainda que deixe isso bem claro para todas as suas namoradas. Apesar disso, é um mocinho impossível de não gostar. Ele é interessante, bonito, charmoso e com um bumbum avaliado em 15 milhões de dólares. Dá para imaginar isso? rsrsrs

* A implicância entre os dois vem de mal entendidos e pré-julgamentos. Lou não gosta de Jack, pois ele modificou o bordão de sua personagem. Já Jack acha que todos os roteiristas são pedantes e autoritários. Mas toda essa situação encobre uma atração explosiva entre os dois, só revelada quando ficam (solteiros) isolados e precisam dividir o mesmo espaço.

* A narração (em 3ª pessoa) contempla outras personagens da história. Acho isso extremamente interessante, já que podemos conhecer outros pontos de vista e detalhes que dão maior consistência aos demais personagens, escapando do papel de meros figurantes.

* Há ainda uma história de amor paralela: a mãe de Jack e o pai de Lou. Eles se conhecem devido ao desaparecimento dos filhos e acabam se envolvendo. Casal super afinado e fofo!

* As cenas hots da Meg são óóótimas! Preciso dizer mais alguma coisa?????

* O desfecho é surpreendente, afinal o “mandante” é revelado e nem imaginava que fosse essa pessoa. Motivo totalmente fútil, mas bem montado, afinal o ego de algumas celebridades... sei não!

* Quem mais acha que Meg deveria escrever histórias para os irmãos Calabrese? Eu quero!!!

* Enfim, esse novo livro da Meg é uma mistura organizada de romance, comédia e ação, com uma narrativa bem desenvolvida, envolvente e personagens engraçadas e encantadoras. Leitura rápida, leve e gostosa. Recomendo!

Destaques românticos:

1. (...) Ele também notou outra coisa. Não tinha como não notar que o ombro que estava acariciando, mesmo coberto pela parca, era bem definido. Tentou se convencer de que era o choque do acidente que o fazia achar aqueles cabelos vermelhos tão cheirosos. E que era um efeito das lágrimas os olhos negros de Lou estarem grandes e vivos, e seus lábios tão atraentes e hipnotizantes...
Ele ficou pensando nisso até que Lou, após ter parado de chorar, olhou para cima com aqueles olhos de feiticeira e perguntou:
– O que você pensa que está fazendo?
Jack não estava acostumado a receber perguntas quando estava cortejando uma mulher. Ele tentou achar uma resposta lúcida – mas era difícil manter a lucidez com aquele perfume de laranjas saindo dos cachos dela.
– Eu? Estou consolando você.
– É? – Ela se soltou do abraço dele e ficou de pé. – Então me faça um favor – disse ela, a voz embargada pelas lágrimas, mesmo que já tivesse parado de chorar. – Console-me a distância.

2.(...) Ela gargalhou. Quando Lou Calabrese gargalhou, foi impossível lembrar que havia uma tempestade congelante lá fora e que um vento ártico tenebroso estava batendo nas quatro frágeis paredes em volta deles. A gargalhada de Lou Calabrese era como um abençoado raio de sol após um mês de chuva. Como uma cerveja gelada após uma longa caminhada. Como um banho morno depois de um dia de frio. Ele ficou se perguntando por que não havia percebido isso antes.

3.(...) Ele não podia deixá-la morrer. Durante anos, Lou Calabrese estivera muito longe de ser uma de suas pessoas favoritas. Todavia, a vida sem ela certamente perderia o sabor. Não havia muitas mulheres que o detestavam categoricamente, e nenhuma outra mulher o odiava tanto quanto Lou, por quem ele estava se sentindo atraído. Como podia ter essa fascinação por ela, quando Lou já havia provado que sentia o contrário? Talvez exatamente porque ela parecia detestá-lo tanto?

4.(...) Lou, sentindo alguma coisa que não era nem medo nem alegria, percebeu que seu coração estava quase estourando dentro do peito e que sua respiração estava mais acelerada. Em uma fração de segundo, enquanto ainda estavam ali em pé, ela com as costas contra a pia e ele segurando o rosto dela, Lou lembrou que era exatamente aquilo que não queria que acontecesse. – Jack – disse ela, com a voz muito instável –, nem pense nisso. Nunca vai dar certo. Eu não quero me envolver com outro ator egoísta.
– E você acha que eu quero me envolver com uma durona como você? – perguntou ele de volta, com firmeza.
E, assim que tudo ficou bem claro, ele a beijou com força.

Gostou? Você pode adquirir o seu exemplar aqui:

É isso! Até o próximo livro com coração...

8 corações despertados:

Roberta Magalhães disse...

É provável que esse livro me agrade...Gostei!

Beijos

Faby - Adoro Romances de Aracaju. disse...

Tem vários livros dela que quero ler, e esse com certeza vai ser mais um!
kkkkkkkkkk

Lu disse...

ótima resaenha.
Linda, fiquei ainda com mais vontade de ler.
Aff. Vou ter que comprar o meu, rsrsrsr

Leitura Nossa disse...

Eita, com esses destaques meu coração, romântico como ele só... já disparou... quero esse livro!!

beijos,
Dé...

Kézia Lôbo disse...

Fiquei com vontade de ler XD...
Meg é uma otima escritora...
E a resenha ta perfoO.

Mariana Paixão disse...

Ai, quero taaaaaanto ler esse livro! Mas ainda não consegui meu exemplar ;-;

Herida Ruyz disse...

Olá!
A Meg arrasa! Sua resenha me deixou curiosa.
bjs

Cíntia Mara disse...

Acho que eu nunca vi um livro da Meg que não estivesse entre os juvenis. Só os que ela escreveu como Patrícia Cabot.
Também não li nada dela que não fosse 'O diário da princesa'. Esse livro parece ser interessante.

Beijos