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domingo, 13 de setembro de 2009

As melhores declarações de amor (Cap. VI).

Algumas declarações de amor precisam de um lugar e um momento certo. Esses elementos ajudam e promovem um clima romântico propício ao “sim”, mas o mais importante é a pessoa ser a certa.


Cantando na Chuva
Título original: Singin’ in the Rain.
Ano: 1952.
Direção: Stanley Donen e Gene Kelly;
Roteiro: Betty Comden e Adolph Green.
Canção: “You were meant for me”, de Arthur Freed e Nacio Herb Brown.


Esse filme dispensa comentários, não é?! Na cena que escolhi, temos Gene Kelly (DON) e Debbie Reynolds (KATHY).

DON – Este é o cenário adequado.

KATHY – Mas é apenas um palco vazio.

DON – À primeira vista, sim. Mas espere um pouco. (Acende as luzes sobre a parede pintada ao fundo) Um belo pôr-do-sol.

Liga uma máquina.

DON – Brumas das montanhas distantes.

Acende outro holofote, desta vez sobre eles.

DON – Luzes coloridas no jardim.

Ele pega Kathy pela mão e a faz subir até o alto de uma escada armada no meio do palco.

DON – Minha dama em sua sacada, num pórtico cheio de rosas…

Acende um canhão de luz sobre ela.

DON – …Sobre a luz do luar. E mais 500 mil quilowatts de estrelas…

Acende outras pequenas luzes.

DON – Uma suave brisa de verão… (liga um grande ventilador) …e… Você fica linda sob o luar, Kathy.

KATHY – Agora que tem o cenário adequado, você pode dizer?

DON – Vou tentar. (Começa a cantar)“A vida é uma canção, você chegou.
Fiquei acordado a noite inteira”.

Ele anda até a escada em que ela está.

DON - “Se eu ousasse achar que você se importasse
Isto é o que eu teria a dizer a você:…”

Ele fica aos pés da escada, enquanto ela está no alto, com o vestido esvoaçante.

DON – “Você foi feita pra mim, e eu fui feito pra você”.

Ele sobe até ela.

DON – “A natureza fez você e quando ela terminou
Você era todas as coisas doces…”

Ela começa a descer e ele acompanha.

DON – “…em uma só.
Você é como uma triste melodia…”

Ele se aproxima, mas ela, encabulada, demora um pouco até corresponder o olhar dele.

DON – “…que nunca me liberta.
Mas estou contente: os anjos devem tê-la mandado
E eles a fizeram só para mim”.

Créditos (descrição da cena):
http://renatofelix.wordpress.com/2009/06/07/minhas-declaracoes-de-amor-preferidas-cantando-na-chuva/


Liiiiindo!!! Suspiros...

Aqui vocês podem conferir o vídeo da cena:

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mais da Meg... ou Campanha: Quero esse fantasma pra mim!

Meg Cabot - A Terra das Sombras.

Título Original: Shadowland
Editora: Galera Record
Ano: 2009
Páginas: 284


1º livro da série A Mediadora.

Suzannah é uma adolescente aparentemente comum que tem um problema com construções antigas. Não é para menos. Afinal, muitas dessas casas velhas são assombradas. E Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de ver e falar com fantasmas para ajudá-los a descansar em paz. É claro que esse dom lhe traz muitos problemas. Mas nem ela poderia saber a gravidade do que encontraria ao mudar-se para Califórnia. Além de ir morar numa casa assombrada por um fantasma jovem, bondoso e bonitão, sua escola sofre com a presença maligna de uma adolescente que se matou ao ser desprezada pelo namorado, e que agora busca vingança. Meg Cabot, autora da série O Diário da Princesa, está de volta ao universo jovem com um livro antológico, que mistura ação, mistério e suspense sobrenatural aos problemas terríveis que atingem todos os adolescentes.

Comentários:

Adorei esse livro! Estou conhecendo e, cada vez mais, gostando do estilo da Meg Cabot. Esse romance, que é o primeiro da série "A Mediadora", me conquistou. Afinal, consegue juntar harmoniosamente ação, romance e comédia, o que faz com que fiquemos totalmente envolvidas pela história.
Suzannah é uma garota nada comum de 16 anos. Nada comum porque tem o “dom” de se comunicar com fantasmas. Na verdade, mais que isso. Já que é mediadora, ela deve ajudar os fantasmas que continuam andando por aqui a ir para a dimensão correta (céu, inferno, etc). O problema é que nem todos os espíritos cooperam. Uns até machucam pessoas e precisam de certos incentivos (pontapés, socos, exorcismos...). A vida dessa garota fica ainda mais complicada quando sua mãe encontra outro amor (já que o pai dela morreu há alguns anos, mas nem por isso deixa de visitá-la...) e se muda para Califórnia. Agora, ela tem que se adaptar a um lugar totalmente novo, a três meio-irmãos, a uma casa antiga (sendo antiga é bem provável que alguém tenha morrido por lá...), etc.
E tudo fica ainda pior quando uma fantasma nada amigável tenta matar o ex-namorado, aluno da escola que Suzannah vai freqüentar.

Esclarecendo alguns pontos:

* Achei muito interessante como a autora aborda essa temática. O livro é contado a partir do ponto de vista da protagonista, Suzannah Simon. Ela não entende muito bem sobre ser mediadora. Daí, algumas coisas podem ser relevadas, como o fato dos fantasmas e mediadores poderem se tocar. (O que será extremamente importante para a relação de Suzannah e Jesse);

* Gostei muito de Suzannah. Ela é uma garota bem resolvida (apesar da idade, de alguns pensamentos e do seu dom) e aparenta ser durona, mas no fundo é vulnerável (na medida certa). Ela é meio ríspida com o Jesse, mas isso é só para não mostrar seus verdadeiros sentimentos por ele, né?!

* Os personagens são bem desenvolvidos e cativantes. Temos o padre Dominic, outro mediador e super simpático; Adam, o amigo meio louco e candidato a conquistador; Cee Cee, a amiga albina e informada; Dunga e Soneca, os meio-irmãos mais velhos; Mestre, digo David, o meio-irmão mais novo, super dotado e gracinha e, finalmente, mas não menos importante, Jesse (Hector da Silva), o fantasma mais gato, companheiro e cavalheiro que Suzannah poderia desejar.

* Os garotos vivos dos outros romances que me perdoem... mas Jesse é o personagem dos sonhos de qualquer garota romântica (depois do Mr. Darcy, é claro!). Quando ele a chama de “hermosa/mi hermosa” é muito fofo! Ficamos suspirando... Afinal, quem não queria conviver com um fantasminha camarada e tudodibom como ele???

Destaques românticos:

1.
Ele piscou com aqueles enormes olhos negros. Suas pestanas eram mais longas que as minhas. Não é sempre que eu dou de cara com um fantasma que também é uma graça, mas aquele cara... caramba, ele devia ter sido alguma coisa quando vivo, pois ali estava ele morto e eu já estava querendo adivinhar como eram as coisas por baixo da camisa branca que usava, bem aberta, mostrando um bocado o peito, e até um pouco do abdômen. Será que fantasma também faz abdominal? Era o tipo da coisa que eu nunca tivera oportunidade - ou vontade - de explorar até então.
Não que eu fosse me deixar perturbar por esse tipo de coisa àquela altura dos acontecimentos. Afinal de contas, sou uma profissional.

2.
– Suzannah – e Jesse parou de caminhar de repente. Eu só não me desequilibrei e caí de cara no chão porque ele ainda estava segurando os meus ombros.
Por um minuto, apenas um minuto, realmente fiquei pensando... bem, cheguei a pensar que ele ia me beijar. Eu nunca tinha sido beijada antes, mas parecia que estavam dadas todas as condições necessárias para que acontecesse um beijo naquela hora: sabe como é, o braço dele estava ao redor do meu ombro, tinha o luar, nossos corações estavam batendo mais depressa - e, claro, ambos acabávamos de escapar de ser mortos por um fantasma completamente ensandecido.
(...)
E agora aquele fantasma sensacional parecia que ia me beijar. E quem era eu para impedi-lo?
De modo que inclinei um pouco a cabeça para trás, olhei para ele com as pestanas meio fechadas e meio que deixei minha boca ficar bem relaxada, sabe como é... E foi aí que eu percebi que a atenção dele não estava exatamente focalizada na região dos meus lábios, mas muito abaixo. Nem estava voltada para os meus seios, o que seria uma excelente segunda opção.
– Você está sangrando – disse ele.

3.
– Estou querendo dizer que até Suzannah Simon, que pode ser muito dura com os outros, deve ser capaz de entender que até no ser humano mais cruel existe a flor do bem. Talvez um brotinho muito pequeno mesmo, carente de água e luz do sol, mas ainda assim uma flor.
(Fala do Padre Dom.)

4.
– Regra número dois... – e a minha voz parecia não estar saindo direito enquanto eu ficava olhando para ele. Não era justo. Não era mesmo. Os mortos não deviam ter aquela pinta toda do Jesse, recostado ali na minha cama com o sol entrando de lado e ressaltando suas feições perfeitas...
Ele levantou a sobrancelha, aquela que tinha a ferida.
– Algo errado, mi hermosa? – perguntou.
(...)
– Quer dizer então que você não me convocou – e ele deu um passo em minha direção – porque está começando a gostar de mim ou algo assim?
Para cúmulo do desânimo, senti que meu rosto começava a se esbrasear.
– Não – respondi, teimosa. – Nada disso. Só estou tentando respeitar as regras. Que, por sinal, você violou ao acordar o David.


Conhecendo a série:

Como falei mais acima, A Terra das Sombras é o primeiro livro da série A Mediadora, lançado pela Meg Cabot usando o pseudônimo de Jenny Carroll. A Galera Record está reeditando essa série.

Série A Mediadora:





- Meg Cabot - A Terra das Sombras;
- Meg Cabot - O Arcano Nove;
- Meg Cabot - Reunião;
- Meg Cabot - A Hora Mais Sombria;
- Meg Cabot - Assombrado;
- Meg Cabot - Crepúsculo.

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É isso! Até a próxima com mais livros com coração...
Beijos!