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sábado, 16 de julho de 2011

Resenha: Uma Aposta Perversa



Emma Wildes - Uma Aposta Perversa.

Editora: Planeta (de Portugal)
Páginas: 359
Ano: 2009

Sinopse:

Não se fala noutra coisa na cidade. Num momento menos sóbrio, os dois mais famosos libertinos de Londres - o conde de Manderville e o duque de Rothay - fazem uma aposta muito publicitada para decidirem qual deles é o melhor amante. Mas que mulher que reúna beleza, inteligência e discernimento concordará em ir para a cama com ambos os homens e declarar qual deles é mais competente a satisfazer os seus desejos mais profundos? Lady Caroline Wynn é a última mulher que alguém esperaria que se oferecesse. Uma viúva respeitável com uma reputação de gelo, lady Caroline mantém-se firmemente fora do mercado de casamento. Pode não desejar outro marido, mas o seu breve casamento deixou-a com algumas perguntas escandalosas sobre o acto de fazer amor. Se o conde e o duque concordarem em manter secreta a identidade dela, lady Wynn decidirá qual dos dois detém a maior mestria entre os lençóis. Mas, para surpresa de todos, o que começa como uma proposta indelicada transforma-se numa espantosa lição de amor eterno...

Comentários:

Antes de tudo, preciso dizer que esse livro é hot, dessa forma, inadequado para leitores juvenis. Digo isso porque esse é um blog aberto e qualquer pessoa (de qualquer idade) pode acessar. Então, a partir de agora vou sempre iniciar meus comentários com indicações quanto ao público alvo do romance lido.

Bem, voltando ao livro em questão, preciso dizer que estou numa fase de sorte: os últimos livros que li foram super agradáveis e românticos. Então, nem preciso dizer o quanto gostei desse romance, não é?!
A autora, Emma Wildes, é bem prestigiada internacionalmente e é uma pena que não temos nenhuma de suas obras publicadas aqui no Brasil. Li esse em e-book (com o título traduzido como Uma Proposta Indecente) e procurei outro traduzido, mas infelizmente não temos disponíveis.
A narração é envolvente, de forma que é praticamente impossível parar antes do fim. Além do casal principal, Caroline e Nicholas (duque de Rothay), temos outro romance tão fofo e relevante: o do conde de Manderville, Derek, e Annabel.

Vamos ao meu resuminho da história:

Os dois, o duque diabólico e o conde anjo, são os mais famosos libertinos de Londres, mas mesmo com a fama de procurar envolvimentos rápidos, eles acreditam e, no fundo, buscam o amor verdadeiro. Nicholas, infelizmente, quando jovem, amou a mulher errada, assim evita qualquer profundidade em suas relações amorosas para não arriscar novamente o seu coração. Já Derek está passando por uma fase negativa, pois está apaixonado pela pupila de seu tio, mas fugiu desse amor e a magoou muito, fazendo com que ela decidisse casar com outro.
Depois de beberem todas para esquecer as desventuras, eles ficam contando vantagens quanto aos seus poderes de sedução e, como cada um quer ser melhor amante que o outro, decidem apostar e escolher uma mulher que diga qual dos dois é o melhor...
Essa aposta, mesmo sendo uma loucura total, passa a ser pública, o que ‘choca’ as pessoas da alta sociedade (pelo menos, dizem... olha a hipocrisia!) e aumenta ainda mais a falação e a observação das atitudes dos dois, interessados em descobrir quem seria a juíza desse imoral desafio. Caroline, a viúva do lorde Wynn, é jovem e bela, mas fria e distante, afastando todos os pretendentes. O que, na verdade, é o que ela quer, já que passou por um casamento no qual foi tratada apenas como reprodutora e ainda acusada de ser frígida. Ao ouvir sobre a aposta, vê nessa a chance de saber se o marido falava a verdade, se os cavalheiros resguardarem sua identidade, a fim de manter sua reputação intocável.
Ao descobrir a mulher por trás da carta inteligente e desafiante de oferecimento, o duque fica intrigado com a sua coragem e, ainda, deliciado com a beleza inebriante, o que o faz decidir pelo tempo de uma semana para demonstrar toda sua capacidade sensual.
Nessa aventura de descoberta dos prazeres carnais, Caroline conhece um outro lado do duque diabólico, um homem que espera sua permissão e reconhece sua inteligência, delicado, sensível aos seus medos e, ainda por cima, extremamente romântico.
Será esse comportamento apenas para vencer a aposta? Ou revela que algo mais nasceu entre os dois?

Agora é a vez de Derek ficar com essa mulher maravilhosa... mas será que o conde arriscará comprometer sua honra de vez e perder a mulher que realmente ama?

Além da narração atrativa, as personagens são exploradas de forma que seus receios vêm a tona e explicam muito bem suas atitudes. É um romance histórico, da primeira metade do séc. XIX, revelando muito sobre a sociedade, costumes e hábitos da época, principalmente sobre o papel da mulher – como observamos bem na figura de Caroline, que foi esquecida pelo pai por não ser o varão e herdeiro que esperava e obrigada a um casamento com um homem com esse mesmo pensamento, que a tratava somente como um objeto cuja única importância era na reprodução.

Outro ponto relevante discutido no livro é que ao se apaixonar, costuma-se criar uma imagem do ser amado que nem sempre corresponde à realidade, esperando a perfeição. É assim com Annabel, que vê o conde como um herói e ao descobrir sua má reputação, ressente-se e faz de tudo para esquecê-lo.

As aparências, ou melhor, o pré julgamento também é bem aparente, afinal é fácil julgar uma pessoa pela sua aparência e esquecer que ela é muito mais do que isso. Assim, o duque, diabólico e libertino na superfície é, interiomente, um homem ressentido por ter sido traído pelo seu primeiro amor; o Conde, também visto como libertino, é apenas um homem que foge de seu verdadeiro amor, por ser jovem e recatada. Caroline, fria e distante, é uma mulher maltratada pelo marido.

Enfim, temos aqui um livro que pode partir de um argumento frívolo e aparentemente superficial, mas que se desdobra num enredo consistente e marcante, harmonizando perfeitamente erotismo e romance. Impossível ler e não gostar! Recomendo...

Destaques românticos:

1.
(...)
“Nicholas tinha seus próprios demônios. Derek sabia muito bem que seu amigo havia sofrido uma experiência bem pouco feliz que sempre lhe mantinha em guarda, por mais encantador que pudesse parecer exteriormente. Nick nunca havia comentado, e ele não lhe fez perguntas sobre o toque quase desastroso com o amor, que por parte da mulher com a qual Nicholas pensava casar resultou ser avareza calculada em vez de sentimento profundo. Entre ambos os homens existia um acordo tácito de não falar sobre o assunto, que não havia sido violado nos dez anos de amizade.
Afinal, se pareciam muito.
Pelo visto agora tocava a ele arder no inferno.
Sem dúvida Annabel sentia menos afeto por ele que nunca. Se é que fosse possível. Por que não se dera conta de que a amava, até que fosse tão tarde? Porque era um maldito estúpido, certamente. Ela amava outro. E sabia que Lorde Alfred Hyatt era um tipo decente, o que piorava as coisas. Se ela fosse casar se com um canalha seria razoável que ele manifestasse suas objeções, mas não era assim. De maneira que não podia. E em qualquer caso ela jamais ouviria seus conselhos.
Por que deveria? Ele era perito no que era passageiro, não em matrimônio.
(...)
Se fechasse os olhos, talvez inclusive pudesse fingir que fazia amor com Annabel. Depois de tudo, talvez a estratégia o fizesse vencer.”

2. (...) “A vida que havia vivido até então era a existência sufocante de uma mulher que nunca tinha corrido um só risco. Não tinha tido a oportunidade de fazer algo assim... Até agora. Era uma ocasião perversa e escandalosa de fazer algo tão ousado e insólito que simplesmente não podia deixá-la escapar. Uma oportunidade de reparar o mal feito a sua vida, se as coisas saíssem como ela esperava.
(...)
O que ele estava pensando? Que ela era uma mulher desesperada e solitária, tão faminta da atenção masculina que se deitaria com dois homens só para obter um pouco de afeto? Bem, talvez fosse lógico para os outros, mas não era seu caso. Se ela desejasse companhia masculina poderia encontrar com bastante facilidade. Mesmo com a reputação de ser distante estava farta de rechaçar pretendentes potenciais. Quanto à solidão, certamente preferia mais de ser uma viúva que uma esposa; já que se sabe que tudo tem um preço.
E ela pagara com acréscimo. E por isso estava ali. Sentia-se insatisfeita? Sim, porque em sua vida faltava alguma coisa, como uma omissão evidente em um quebra-cabeça incompleto que arruinava a imagem geral. Encontrar a peça e encaixá-la em seu lugar correspondente era importante para ela. O fato afetava todo o seu futuro, em todas as formas imagináveis.
A paixão física era um mistério que lhe escapava. Não lhe ocorria nenhuma forma de resolver a questão e continuar sendo respeitável. Exceto esta. Havia sido extorquida por um matrimônio, que para começar não tinha desejado, e a insensibilidade de seu marido no quarto não era mais que um aspecto de sua malfadada relação. Agora que ele tinha morrido havia outras facetas de sua negligência sobre as quais ela não podia fazer nada, mas poderia averiguar se o fato de não ter desfrutado da relação conjugal fosse culpa sua, como o marido acusava.
Era lógico supor que se não desfrutasse estar nos braços de dois dos amantes mais celebrados de Londres, então era problema dele. Até que soubesse, era bem improvável que voltasse a se relacionar com homem algum. Ser uma amarga decepção para um marido uma vez já era mais que suficiente. Não estava segura sequer de que voltaria a desejar algum dia ter uma relação íntima com um homem, mas queria ter a oportunidade de decidir sem que o peso de seu passado interferisse em seu presente.”

3. (...) “Nicholas esperou. Ao parecia não receberia mais informação, mas sentia bastante curiosidade sobre seu matrimônio, como resultado da nota que ela tinha escrito.
— Conheci seu marido, embora muito vagamente.
— Teve sorte.
Ele não pôde evitar arquear as sobrancelhas ante o tom direto.
— Entendo.
Caroline o fitou por cima da beirada da xícara e logo a deixou de lado com um cuidado que lhe pareceu deliberado. Os luminosos olhos acinzentados e emoldurados de forma tão encantada por cílios densos e nítidos eram bem diretos.
— Me perdoe, mas não. Não entende. Nunca casaram você com um homem a quem não importa o mínimo. Você nunca serviu aos caprichos de ninguém, e por favor, admita que é consciente das diferenças entre os sexos em nossa sociedade, que permite que cavalheiros aristocratas façam apostas extravagantes sobre a falta de virtude, enquanto às mulheres as julgam com muita severidade em função de que a conservem.”

4. (...) “O primeiro beijo de Annabel havia lhe convertido em escolhido.
E mais, ele havia desejado ser o escolhido.
Entretanto, a realidade tinha o feio costume de irromper de repente, e isso fez com que ele levantasse a cabeça e fitasse seus olhos. Eram azuis, de um tom nítido que só podia ser comparado ao céu espaçoso de verão, e guardavam um toque sonhador de felicidade, enquanto o brilho de um sorriso acariciava seus lábios suaves e ainda úmidos.
Então ela o disse. Não pare. Com um sussurro entrecortado e singular que trouxe para ele um jorro da gélida realidade.
Não pare. Ela estava louca? É obvio que devia parar.
Que maldição, ele acabava de fazer?
Estava com vinte e sete e ela ainda não havia completo dezoito anos. Ele era um cavalheiro com uma formidável reputação de libertino, até certo ponto merecida embora não de todo, e ela era a inocente pupila de seu tio. A menos que quisesse se casar com ela, não devia encostar um dedo nela e muito menos fomentar seu amor.
Naquele momento a palavra matrimônio lhe dava mais medo que o diabo. Não estava seguro de que agora lhe produzira o mesmo efeito, mas então a perspectiva tinha sido distinta.
Então, em um ato de covardia ainda maior que tê-la beijado, balbuciou uma desculpa banal, saiu do aposento bruscamente e a evitou durante o resto do dia, porque não tinha nem idéia do que fazer com os tumultuosos sentimentos de culpa, de conflito e de alguma coisa mais... Algo difícil de definir. Quando tinha acontecido aquilo? Quando a menina se converteu em uma mulher e se deu conta dele?
E mais, quando havia se sentido miserável com isso? Não pela recém descoberta maturidade de Annabel, não pela delicada forma em que o olhava ou se movia, mas sim por ela. A centelha de seu riso, a astúcia rápida e brilhante, o extraordinário brilho de seus olhos quando se fixavam nele.
Havia seduzido, fascinado e conquistado dezenas de mulheres, sem perder a liberdade. E esta jovenzinha, apenas uma moça, não devia afetar sua vida e nem a suas emoções.
Mas afetara.”

5. (...) “Já tinha aprendido que Caroline era inteligente, embora algo tímida. Com certa aprendizagem na arte do flerte poderia escolher qualquer homem da alta sociedade.
Havia uns quantos canalhas por aí e ela não só era preciosa, além rica. Nicholas confiava que ela escolhesse com prudência.
A idéia de que lhe importasse o que pudesse acontecer a Caroline quando terminasse a semana o sobressaltou. Talvez simplesmente tratasse de redimir seu próprio sexo ante os olhos dela, já que durante a conversa anterior havia notado que seu pai não parecia muito melhor que o morto Lorde Wynn. Não que ela espraiasse o assunto, mas havia captado a dor incrustada em sua voz.
Sim, era isso. Conservava certo cavalheirismo, apesar do que havia acontecido com Helena.
Não. Não era o momento de pensar naquele espantoso engano.
— Toque-me você. — Insistiu mordiscando o lóbulo de sua orelha. — Fale comigo.
— Eu... Eu... — Ela titubeou e depois sussurrou: — Eu estou começando a pensar que você não é somente um amante competente, Nicholas. Também é um homem muito bom.
O que ela disse dificilmente era uma insinuação sexual, nem mesmo com a piscada dos cílios ou o sorriso sedutor, mas se sentiu inesperadamente comovido. Não só pela mera frase, mas também pela emoção implícita. Nicholas sabia que tinha fama de ser muitas coisas, mas duvidava que entre elas tivesse algo de bom. Às pessoas, não importava que ele fosse um ser humano decente. Geralmente a riqueza, o fascínio e o encanto superficial em abundância eram mais que suficientes. O verdadeiro nome que havia por trás disso não era o objetivo da maioria das mulheres que conhecia.
Nicholas descobriu que não estava seguro do que dizer e o fato o incomodou. Ela havia lhe imposto este estado de espírito mais de uma vez.
— Obrigado. — Murmurou finalmente.
O suspiro de Caroline lhe roçou a face.
— Não é o tipo de coisas às quais você se referia, certo? Não sou boa nisto.
Ela era mágica. De outro mundo.
(...)
— Foi perfeito.”

É isso! Até o próximo livro com coração...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Resenha: Perdida


Carina Rissi - Perdida.
Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo.

Editora: Baraúna
Páginas: 470
Ano: 2011

Sinopse:

Sofia vive em uma metrópole e está habituada com a modernidade e as facilidades que isso lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor à menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição.
Após comprar um novo celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa.
Com a ajuda do prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos…

Comentários:

Para quem não sabe, eu sou de fase. Passei por uma prolongada: a preguiça mental. Estava sem vontade de escrever... e por isso deixei o blog meio de lado. Mas eu respeito profundamente as minhas fases e tento curti-las. Vai entender?! Mas você deve estar se perguntando o que tem a ver? Calma que chego lá. Pois bem. Minha fase recente foi a de procurar e ler romances absurdamente/apaixonadamente/choralmente (se essa essa palavra não existe, é preciso criá-la! Háhá... ) românticos. Sabe? Daqueles para suspirar/chorar/rir/dar uma dorzinha no coração/sonhar/querer um igual/afogar as mágoas no chocolate. Enfim, um no qual você fica em dúvida se ama a mocinha ou a odeia por ter roubado seu par perfeito.

Assim é Perdida, da mais recente autora nacional-queridinha Carina Rissi.
Chego a repetir o que sempre “digo” sobre a eterna disputa: livro nacional x internacional. Livro bom “ultrapassa as barreiras” da nacionalidade. Para escrever bem é preciso ter talento e o talento não é algo exclusivo dos estrangeiros, pelo amor de Deus! Só é preciso que o pessoal (esnobe) entenda isso. Não é a marca ou o nome conhecido que garantirá que é bem feito. Os “anônimos” têm muita coisa boa para mostrar. Que tal dar uma chance?

Fiquei um pouco perdida agora, mas acredito que irão relevar... o romance exige esse devaneio.

Vamos ao meu resuminho da história:

Sofia é uma garota que, por um lado, adora as inovações tecnológicas e, por outro, é viciada nos livros de Jane Austen ou, melhor dizendo, nos rapazes à moda antiga, mais precisamente do século XIX. Embora admire o refinamento do passado, nem imagina como sobreviver sem seu celular, computador e microondas.
Mesmo tendo namorado algumas vezes, nunca se apaixonou verdadeiramente e acha que isso é desnecessário, principalmente quando observa a (confusa) relação amorosa entre sua melhor amiga, Nina, e Rafa. Quem gostaria de amar um homem tão diferente de si? Que parece só saber beber, sair com os amigos e assistir futebol na tv?
O que Sofia não esperava era receber uma notícia tão exasperante de sua amiga (que ela iria morar com o namorado) e, por isso, tomar todas em um barzinho e deixar seu celular cair na privada. Agora é preciso comprar outro urgentemente. Ainda que a vendedora pareça sinistra, o celular à venda é moderno e barato. Claro que iria levar. Mas esse celular vem com um recurso inesperado: uma viagem no tempo. Agora, Sofia terá que viver em uma época desconhecida, onde não há banheiro, papel higiênico ou condicionador, mas um belo cavalheiro que parece ter sido criado com perfeição pela Austen.

A luta para voltar ao seu tempo pode não ser tão importante assim, não é?! E quem disse que folha de alface é tão ruim?! ;P

Se você, assim como eu, adora histórias com o tema viagem no tempo, ainda mais quando o contraste de épocas, costumes e linguagem é bem explorado, o que gera sempre momentos divertidos... Se você também admira um mocinho com bons modos, bom humor, lindo, virgem, mas com pegada firme e forte, então, não espere, corra e leia esse livro! Gente, o Ian é super-hiper-mega fofo! Agora fiquei confusa se acho o Jesse (da série A Mediadora da Cabot) ou o Ian a personagem masculina mais fofa dos nossos amados romances...

A narradora/protagonista é uma graça! Sofia é autêntica, inteligente, divertida, independente... impossível não torcer ou não ser cativada pela sua perda/busca e pelo seu encontro/desencontro romântico.
Destaque para duas cenas: 1. A casinha (o que, antigamente, correspondia ao banheiro) é óóóótima! Não tem como a pobre não ter ficado confusa e – meio – perdida ao conviver com pessoas tão diferentes e ter que se adaptar (e olha que nem tanto, porque o mocinho é – de novo – fofo e releva muitos deslizes dela...) a outros costumes; 2. A depilação/hidratação (novamente a criativa Sofia tenta resgatar alguns detalhes modernos, mas paga o maior mico... quase matando o pobre Ian de susto e a gente de rir! kkkkkkk).

As personagens secundárias também merecem destaque, como a irmã do Ian, Elisa, e a melhor amiga dela, Teadora. O romance tem um toque de conto de fadas recheado de reviravoltas e um suspense leve no final. Confesso que por vários momentos me peguei com os olhos rasos d’água.

Vou parar essa resenha meio louca por aqui antes que conte mais do que devo...

Enfim, com uma narração envolvente, personagens principais bem exploradas e irresistivelmente cativantes, enredo com toques certos de romance e comédia, Perdida está aí para mostrar o que é um bom livro com coração, na dose certa para satisfazer uma romântica que ainda procura seu príncipe encantado (de preferência irmão gêmeo do Ian, viu?!)...

Destaques românticos:

1. (...) “– Você é incrível, Ian! – A seu modo, tentava me proteger de um estranho do qual não tinha nenhuma informação. Fiquei um pouco emocionada. – Você foi a melhor coisa que encontrei aqui, sabia?
Então seus lábios se abriram num sorriso de tirar o fôlego, seus olhos brilharam e achei que meu coração fosse parar de bater.
Oh-oh!
– E você foi a melhor coisa que encontrei em toda a minha vida. – seus olhos queimaram nos meus, sua voz baixa e rouca me provocou arrepios, minha cabeça girava e meu coração acelerou o passo de tal forma que temi que pudesse saltar no peito.”

2. (...) “– Nossa! É lindo aqui! – não pude me conter.
– Eu sabia que gostaria do riacho. De alguma forma, ele me faz lembrar de você. – ele pegou uma pedrinha e atirou na água, que fez um glup ao cair.
– A mim? – não consegui entender a comparação.
– Sim. Assim como este rio, você segue seu curso. Se uma pedra aparecer na sua frente, você simplesmente contorna e tenta encontrar um novo caminho. E, assim como as águas desse rio correm em direção ao mar, eu sei que você corre em direção à sua casa.
Ele estava de costas, mas, ao final, sua voz parecia aborrecida.
– Mas imagine se, de repente, este rio resolvesse mudar seu curso e passasse bem no meio da sua sala. Não seria o lugar certo, ele teria que voltar para cá. – pra ser honesta, eu também fiquei um pouco aborrecida.
Ian sentou ao meu lado depois de alguns instantes.
– Eu sei disso. – ele ainda fitava as águas. – Mas ainda posso desejar que fique em minha casa por mais um tempo.”

3. (...) “– Sinto que posso... Flutuar quando estou com você. Como se fosse capaz de realmente voar! Sinto-me completo pela primeira vez, Sofia. Há uma força em você que me atrai, que me arrasta para perto, uma força inexplicável que turva meus pensamentos. Não consigo pensar em nada mais, apenas em como seria tocar seu cabelo... – ele afrouxou meu pulso e delicadamente deslizou os dedos em uma mecha perto do meu rosto – ...Segurar sua mão... – segurou minha mão por um momento, depois a colocou sobre o peito, sobre seu coração. – Sinta o que acontece com meu coração quando estou com você. – batia forte e rápido, assim como o meu. Eu lutava para respirar.
– E quando não estou com você, meu peito fica vazio, como se meu coração se recusasse a bater até que lhe encontre novamente. Sinta! Ele diz Sofia, Sofia, Sofia! Tem sido assim desde a primeira vez que a vi. Desde aquele instante percebi que não era mais dono do meu coração, que ele não me pertencia mais. Então – ele tocou meu rosto, deslizou os dedos por meu pescoço e acabou os prendendo em minha nuca. – Não diga que não existe ‘nós’!”

4. (...) “– Está comprometida com alguém?
– Não. – essa era uma pergunta fácil de responder.
– Nem mesmo no lugar de onde vem? – a intensidade me puxava para ele outra vez.
– Não, não tenho ninguém me esperando. – sussurrei.
Ele assentiu. Voltou a olhar pela janela por um tempo, depois seus olhos voltaram aos meus com uma força opressora.
– Fico feliz em ouvir isso. – a forma como articulou, tão firme e honesto e... Aliviado, me deixou sem fôlego. – Não terei que lutar contra mais ninguém além de você mesma.
Puxei uma grande quantidade de ar.
– Lutar comigo? – gemi.
Ele assentiu, a determinação estampada em seu rosto.
– Sim. Sofia, vou fazê-la entender o que reluta tanto a aceitar.
Eu gemi baixinho, porque, se ele iria se esforçar ainda mais... Eu realmente estaria perdida. Sem trocadilhos!”

5. (...) “Minha visão ficou turva pelas lágrimas e não pude ver quando sua boca me capturou num beijo desesperado. Respondi com a mesma paixão, como se minha vida dependesse daquele beijo. Ian me apertava tanto que pensei que pudesse quebrar alguma coisa dentro de mim. Era como se tentasse me segurar ali apenas com a força de seus braços. E eu queria, desesperadamente, que ele fosse capaz disso, que não me deixasse voltar, por que eu já estava em casa.”

Para finalizar, não poderia deixar de comentar a música preferida de Sofia, que acaba sendo a música tema desse casal inusitado. Baixei (aqui) e procurei a tradução. Simplesmente linda! Perfeita para o livro.

Deixo abaixo a letra e tradução.



OneRepublic - Won't Stop


Uh ohh
Now i stared at you
From across the room
Until both my eyes were faded
I was in a rush
I was out of luck
Now I'm so glad that I waited
Well you were almost there
Almost mine...yeah
They say love ain't fair
But I'm doing fine...

Cause i swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that I've waited for
I swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that my heart beats for
And it isn't gonna stop
No it just won't stop
Uh oh oh
Yeah

Now you were fine by night
But when the morning light comes
Comfortable as rain on Sunday
And I'm a lucky soul
That holds your hand so tight
Hope you hear this one day
Don't fool yourself
This is my truth

I swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that i waited for
I swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that my heart beats for
And it ain't gonna stop
It just won't stop

You take this hand
You take this heart
Steal my bones
From 1000 miles apart
Feels so cold
Felt just like its ten shades of winter
And i need the sun
Ohh yeahh
Oh oh no no yeah yeah

And i swear it's you
I swear you
I swear it's you that it waited for
I swear it's you
I swear its
I swear it's you that my heart beats for
I swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that I've waited for
I swear it's you
I swear it's you
I swear it's you that my heart beats for
And it ain't gonna stop
It just won't stop
Heyy yeahh
It just won't stop
No no no no woahh yeah
I swear it's you
I swear it's you
Ohh yeah

- Tradução -
Não Parará

Uh ohh
Agora eu olhei fixamente em você
Através do quarto
Até ambos meus olhos foram desvanecidos
Eu estava em uma arremetida
Eu era fora da sorte
Agora eu estou tão contente que eu esperei
Bem você estava quase lá
Quase minha… yeah
Dizem que o amor não é justo
Mas eu estou fazendo muito bem…

Porque eu juro que é você
Eu juro que é você
Eu juro que é você por quem esperei
Eu juro que é você
Eu juro que é você
Eu juro que é você por quem meu coração bate
E não esta parando
Não isso apenas não parará
Uh oh oh
Yeah

Agora você era excelente conforme a noite
Mas quando a luz da manhã vier
Confortável como a chuva em domingo
E eu sou uma alma afortunada
Que mantem sua mão tão apertada
Espero que você escute isso um dia
Não engane você mesma
Esta é minha verdade

Porque eu juro que é você
Eu juro que é você
Eu juro que é você que eu esperei
Eu juro que é você
Eu juro que é você
Eu juro que é você que para minhas batidas de coração
E não esta parando
Não isso apenas não parará

Você toma esta mão
Você toma este coração
Roube meus ossos
De 1000 milhas distante
Sinta tanto frio
Sentindo apenas como suas dez máscaras de inverno
E eu preciso o sol
Yeahh de Ohh
Oh oh não não Não. yeah yeah

E eu juro que é você
Eu juro pra você
Eu juro que é você que esperou
Eu juro que é você
Eu juro
Eu juro que é você que para minhas batidas de coração
Eu juro que é por você que eu tenho esperado
Juro que é você
Eu juro que é você
Eu juro que é você que para minhas batidas de coração
E não esta parando
Não isso apenas não parará
Não não não não woahh yeah
Eu juro que é você
Eu juro que é você
Ohh yeah




É isso! Até o próximo livro com coração...

sábado, 2 de julho de 2011

As Melhores Declarações de Amor (Cap. XV).

Algumas declarações são mensagens de amor e perseverança para os apaixonados, conselhos preciosos que podem ajudar uma relação... quase como o próprio cupido.



Cartas Para Julieta

Título original: Letters to Juliet
Lançamento: 2010
Direção: Gary Winick
Roteiro: José Rivera e Tim Sullivan

Sinopse:

Sophie (Amanda Seyfried) é uma aspirante a escritora e juntamente com o noivo Victor (Gael García Bernal), que sonha em ter seu próprio restaurante, viaja para a Itália. Em Verona, onde se passou a história de Romeu e Julieta, local perfeito para uma lua de mel antecipada, Sophie acaba percebendo que seu noivo está mais interessado nos fornecedores para seu restaurante do que nela. Na cidade, descobre uma antiga carta de amor e junta-se a um grupo de voluntárias que responde estas missivas amorosas. Para sua surpresa, a remetente Claire Smith (Vanessa Redgrave) ouve o conselho dado na resposta e vai procurar Lorenzo, por quem se apaixonou na juventude. Mas há vários italianos com esse mesmo nome e Sophie mostra interesse em ajudá-la na tarefa, desagradando o neto Charlie (Christopher Egan) que já tinha reprovado essa louca aventura da avó viúva.

Querida Claire;

“E” e “se” são duas palavras tão inofensivas quanto as palavras podem ser. Mas coloque-as junto, lado a lado, e elas têm o poder de perseguir você pelo resto da sua vida.
E se? E se? E se?
Não sei como sua história terminou mas, se o que você sentia na época era amor verdadeiro, nunca é tarde demais. Se era verdadeiro antes porque não o seria agora? Você só precisa ter coragem de seguir seu coração.
Não sei como é um amor como o de Julieta, um amor pelo qual abandonar entes queridos, um amor pelo qual cruzar oceanos, mas quero acreditar que, se um dia eu sentisse esse amor, teria coragem de agarrá-lo.
E, Claire, se não fez isso, espero que um dia o faça.
Com todo amor;

Julieta.”

É isso! Suspiros... ;)

Até a próxima declaração de amor...