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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Entrevistando... Laura Elias!


Laura Maria Elias nasceu em Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro, em 1960.
Apaixonada por livros, começou ainda criança a rabiscar as primeiras linhas e aos 14 anos tinha pronto o livro O Colar de Esmeraldas, uma aventura policial visivelmente inspirada nos livros de Agatha Christie que a autora devorava na ocasião.
(...) Laura assinava suas obras com pseudônimos variados, sendo o mais conhecido deles Loreley Mackenzie. A autora publicou também como Sophie H. Jones, Suzy Stone, Laura Brightfield e Elizabeth Carrol.


Trecho da biografia da autora, disponível em:
http://www.lauraelias.com.br/home_1.html

Conheça um pouco mais sobre a autora Laura Elias nessa entrevista gentilmente cedida ao Livros com Coração.


1. Como foi sua iniciação no mercado literário?

Em 2005 a Editora Mythos estava selecionando autores para lançar uma linha de romances de banca. Na época eu era articulista da Revista UFO e foi justamente o editor da revista que me indicou à Mythos. Eu fiz um livro - Laços do Passado - apenas como teste e enviei. Eles gostaram e aí a coisa rolou legal.

2. Quantos livros publicados? Cite seus preferidos.

Tenho 34 escritos e 27 publicados, o 28º sai agora em junho. Preferidos é difícil, sabia? Cada livro tem uma dinâmica própria de acordo com a vibração dos personagens, mas em alguns livros eu me diverti mais escrevendo: Sendas do Tempo, Mais que um Anjo, Segunda Chance, O Misterioso Sr. J., Sob a Luz das Estrelas e Corpos Ardentes.

3. Você já publicou vários livros usando pseudônimos. Por quê?

Esta é uma pergunta simples de resposta complexa... rs. E longa. Resumindo bem, a editora pensou que uma autora brasileira não ia pegar em um mercado de leitoras acostumadas a sonhar com outros lugares, a viajar com paisagens e personalidades distantes. Vou parar por aqui, mas a resposta incluiria outros itens também.

4. A temática sobrenatural está sempre presente em seus livros... É algo em que você acredita ou sente-se segura ao escrever?

Gosto de tudo que faz as pessoas pensarem, questionarem, apreciarem outra possibilidade além daquela que conhecem. Por outro lado, nós brasileiros temos esta facilidade com o sobrenatural. Quase todo mundo tem uma história esquisita pra contar. Tenho certeza que você e todas as pessoas que lerem esta entrevista vão se lembrar de algum "causo" que presenciaram ou do qual ouviram falar. É gostoso escrever sobre o sobrenatural, principalmente quando você está segura no que faz. É divertido. No que eu acredito? Que a vida é muito mais do que aquilo que percebemos normalmente.

5. Você também escreve livros infantis. Conte um pouco sobre essa nova experiência.

Cada público é diferente do outro. Escrever pra criança é uma delícia. Eu adoro crianças, me dou bem com elas e o universo da imaginação infantil é tão livre de preconceitos que dá pra gente fazer peripécias imaginativas aos montes. Eu adorei a experiência. E o tipo de livro que fiz, encantou os adultos que leram tanto quanto às crianças. Nós fizemos uma série de apresentações teatrais interativas em cima do livro e o público adulto curtia e participava mais que as crianças. É um universo extremamente rico.

6. Quais são suas personagens mais marcantes? Elas foram inspiradas em alguém ou são ficcionais?

Alguns personagens eu escrevi me inspirando em pessoas reais. Mas foram poucos, a maioria eu criei. Entre estes poucos, estão o Bill Stone do Crepúsculo Vermelho, que foi baseado em algumas características físicas e artísticas do Adam Lambert, a Loba do Amores Perigosos, cuja inspiração de tipo físico e presença veio da Angelina Jolie e o Paul do Entre o Céu e a Terra, baseado no personagem do Ruppert Everett no filme O Casamento do Meu Melhor Amigo.
Os personagens que criei e que mais gosto são Peter Mckenzie e Nicodemus Goldmann, os dois professores velhinhos que investigam casos paranormais nos livros Para Sempre e Sob a Luz das Estrelas. Eu tenho um terceiro livro deles que não foi publicado, onde eles enfrentar uma história de bruxas na França que também é muito legal. Eu amo estes dois, dou muita risada com eles quando estou escrevendo.

7. Para você, escrever demanda inspiração ou transpiração?

Primeiro um, depois o outro... rs. Vem a inspiração e daí, enquanto não transpiro o livro, não tenho sossego. Fica passando na minha cabeça o tempo todo. Os personagens, os diálogos, as cenas. É meio punk isso e quem convive comigo tem que ter muita paciência nestes períodos... rs.

8. Relendo seus primeiros livros, você mudaria algumas partes ou os finais das histórias?

Olha, Camilla, sendo muito sincera com você, o que eu mudaria mesmo seria a qualidade de edição dos livros, que em alguns foi péssima. As histórias se escrevem sozinhas, então eu respeito o ritmo delas. Talvez um detalhe na narrativa, alongaria mais algumas cenas, coisas deste tipo.

9. Você usou algum livro sobre vampiros como fonte de pesquisa? Como criou os rovdyrs?

Ai, meu Deus! Lá vou eu fazer uma confissão: não leio livros de vampiros. Só li o Crepúsculo porque precisava para não acabar escrevendo algo parecido com a saga. O único livro de vampiros que li antes de escrever o meu, foi o Drácula do Bran Stocker, mas isso faz muito tempo. Depois do Crepúsculo Vermelho, eu li Relações de Sangue da Martha Argel e gostei bastante, ela é divertida e o texto é gostoso.
Os rovdyrs vieram feito um mosaico, parte por parte. Eu havia fechado com a editora para fazer o livro e não conseguia escrever nada, simplesmente não tinha uma idéia que prestasse. Aí, uma bela noite, eu estava assistindo televisão, vendo no Discovery Channel um programa sobre espécies desconhecidas que foram descobertas no Equador. Sabe quando acende uma luz na sua cabeça? Foi bem assim...rs. E se os vampiros fossem só isso, uma espécie desconhecida? Daí fui viajando nesta ideia e os rovdyrs surgiram. O nome da espécie eu tirei do norueguês, quer dizer predador. Depois descobri que tem um filme com este nome.

10. Como surgiu a ideia de criar uma banda de rock para Crepúsculo Vermelho? Você gosta desse estilo musical?

Nossa, amo! Sou roqueira até o fundo da alma. Curto outros gêneros também, não sou bitolada numa coisa só. Mas um belo riff ou uma bateria encapetada mexem comigo pra valer...rs. A idéia veio porque eu queria modernizar a história, queria dar um ritmo atual e real a ela. E música é algo que me acompanha 24 horas por dia, então achei que seria legal. E também acho gostoso quando você tem uma trilha musical em um livro, torna tudo mais sensório e próximo. Você pensa: olha só, tal personagem curte a mesma música que eu! E também acho que vampiros e rock é uma mistura que tem tudo pra dar certo...rs.

11. Você pode adiantar um pouco sobre a história de Lua Negra?

Bom, o livro traz muitas surpresas. O passado de Bill vem à tona, há um terceiro narrador na história, os vampiros aparecem aos montes e dois personagens que no primeiro livro foram meio que muleta para os principais, vão ganhar destaque. A Megan vai enfrentar umas coisas muito difíceis e Simon - que é o querido de muita gente - volta à trama com força. Os aspectos sombrios dos personagens ficam mais evidentes, assim como suas limitações, conflitos e frustrações. Acho que você vai gostar.

12. Quais são seus próximos projetos?

Estou escrevendo o terceiro livro da série por enquanto. Depois que estiver pronto e tudo, quero me dedicar mais à campanha em prol de autores nacionais, agora realmente não estou conseguindo tempo para mexer com isso. E tenho um outro livro em mente, mas ainda está em período de gestação...rs. Vamos ver o que rola.

13 - Você quer acrescentar mais alguma coisa?

Eu gostaria de deixar, além de meus agradecimentos pela entrevista super gostosa que você fez, um pedido aos seus leitores: gente, vamos ler autores brasileiros, vamos cobrar isso das editoras. Tem tanta gente talentosa neste país, vamos dar uma força pro que é nosso!

É isso!

Quero agradecer à Laura pela gentileza com que sempre me atendeu. Além de ser uma autora de talento, é uma pessoa atenciosa e divertida.

Nós ficamos aqui torcendo pelo seu sucesso, viu?! Parabéns!

2 corações despertados:

Aracely disse...

Adorei a entrevista!!! Parabéns, Camilla. A Laura parece super fofa, né?!

Adorei o que ela contou sobre Lua Negra. Tô aqui aguardando com ansiedade o lançamento.

Beijo!

Anônimo disse...

Muito boa a entrevista. Gostei da pergunta sobre os pseudônimos. Infelizmente, isso acontece mais pelo preconceito com que as editoras tratam os autores nacionais. Como se para vender muito livro tivessem que ser estrangeiros!

Ainda bem que isso vem mudando!!!

Parabéns pelo blog.

Abraço!