
Marc Levy - Encontrar Você.
Título Original: Vous revoir
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2006
Páginas: 298
Em "Encontrar Você", Marc Levy traz de volta os personagens que encantaram o mundo na história de amor sobrenatural de seu romance de estréia "E Se Fosse Verdade..."
Lauren, totalmente curada do acidente que a deixou à beira da morte, é agora uma grande neurocirurgiã. A identidade do homem que encontrou sentado à sua cabeceira assim que voltou do coma, no entanto, ainda permanece um mistério. E todos, inclusive sua mãe, se recusam a responder às suas perguntas. Enquanto isso, após uma temporada na França, o arquiteto Arthur resolve retornar a São Francisco. Se a vida oferecesse uma segunda chance aos dois, será que, apesar de todos os riscos, eles saberiam aproveitá-la?
Comentários:
Para quem leu o meu post sobre “E Se Fosse Verdade” (Não leu?! Clique aqui! ), sabe que eu estava um tanto ansiosa pela continuação do livro. Então, pesquisei no Estante Virtual e fiz o pedido. Quando chegou, deixei de lado o que estava lendo e comecei naquele instante. Estava tão interessada em saber o desfecho do romance de Arthur e Lauren que não pude dormir antes de terminar a leitura. Ou seja, outro dia sem dormir... As viciadas bem sabem que isso não é novidade.
Voltando ao livro... Gostei! Não tanto quanto gostei do primeiro, é claro! Por quê? Bem... nesse eles estão separados.

Em “Encontrar Você”, esperamos que ele conte a sua história a Lauren, mas nada é simples para esse casal. Em uma atitude absurdamente romântica e altruísta, Arthur se afasta de Lauren e viaja para França para construir um centro cultural. Lá ele tenta esquecer seu amor por ela.
Lauren, já recuperada, volta ao seu trabalho no hospital e ao seu antigo relacionamento. Mesmo retomando a sua vida, ela sente que há algo faltando e está ligado ao misterioso homem do hospital, mas todos parecem não saber quem era ele.
Arthur volta e aluga outro apartamento. Ele não conseguiu esquecer Lauren e depois de um acidente é atendido por ela no hospital. Será que isso não é o destino querendo reaproximá-los? Se não fosse por sua promessa de não contar nada do que viveram...
Esclarecendo alguns pontos:
* Achei o livro longo demais. Na verdade, achei demorado demais o reencontro dos dois. Mas isso pode ser facilmente explicado levando em conta a minha ansiedade em conhecer o desfecho dessa história de amor. Então, vocês podem relevar esse comentário...
* Uma coisa que não comentei sobre o primeiro livro e que aparece ainda mais nesse segundo é a relação de amizade entre Arthur e Paul. Ele é o seu sócio na firma de arquitetura e melhor amigo (no filme, aparece como um psiquiatra). Ele ajuda a roubar o corpo de Lauren e está sempre tentando melhorar o humor do amigo. Nesse livro, ele o ajuda quando está doente e até revela algumas coisas a Lauren. E também encontra e vive a sua própria história de amor.
* Aparecem novos personagens. Entre eles está a vizinha de Arthur. Uma velhinha super fofa e fã dos filmes de Bruce Lee.
* O motivo que afasta Arthur e Lauren é muito fútil (com relação a mãe dela e ao professor). Eles deveriam assumir os seus atos e não acabar com um grande amor.
Destaques românticos:
1. — Ainda pensa nela? — perguntou Paul.
— Penso — respondeu Arthur.
— Constantemente?
— Um pouco de manhã, um pouco ao meio-dia, um pouco à tarde, um pouco à noite.
2. (...) A verdade está em muitas outras coisas, o medo é plural. Precisei de tempo para confessar a mim mesmo que tive medo de não saber levá-la até o objetivo dos meus sonhos, medo de não poder realizá-los, medo, enfim, de não ser o homem que ela esperava, medo de confessar a mim mesmo que ela havia me esquecido.
Pensei mil vezes em procurá-la, mas também tive medo de que ela não acreditasse em mim, medo de não saber reinventar o riso a dois, medo de que ela não fosse mais aquela que eu havia amado e, sobretudo, medo de perdê-la outra vez; para isso, eu não teria forças. (...) Vivo na contradição da esperança de que a vida nos ponha frente a frente, sem saber se ousaria falar com ela. (...) Mesmo que agora eu viva sem ela, nunca estou sozinho, pois sei que ela existe em algum lugar.
3. — Tenha a serenidade para aceitar as coisas que não pode modificar, a coragem para modificar aquelas que pode e, sobretudo, a sabedoria para reconhecer a diferença.
4. — Estou solteiro. Não tenho ninguém.
— Acho difícil de acreditar.
— E você? — continuou Arthur.
Lauren procurou as palavras certas antes de responder:
— Tenho alguém na minha vida. Não vivemos realmente juntos, mas, enfim, ele existe. Às vezes, isso ocorre, os sentimentos se extinguem. Está sozinho há muito tempo?
(...)— Eu não estou sozinho!
— Ah! Eu sabia!
— É possível amar alguém e continuar sozinho! Basta que o sentimento não seja recíproco ou que a pessoa não esteja livre.
— E é possível ser fiel a alguém todo esse tempo?
— Se esse alguém for a mulher da sua vida, vale a pena esperar, não?
— Então, você não está sozinho!
— No coração, não.
5. — Você veio me ver hoje de manhã só para me agradecer?
— Vim vê-la porque, sem que eu possa explicar a razão, senti sua falta.
(...) — Mas acho que não é só o lugar aonde se chega o que dá sentido à vida, mas também a maneira como se chega até lá.
— Era isso o que lhe dizia sua mãe?
— Não, isso é o que eu penso.
— Então, por que rompeu com essa mulher que lhe faz tanta falta? Só por algumas incompatibilidades?
— Digamos que passamos muito perto um do outro. Eu era apenas locatário dessa felicidade, e ela não pôde renovar meu contrato.
— Qual dos dois rompeu?
— Ela me deixou, e eu a deixei partir.
— Por que não lutou?
— Porque essa luta teria feito mal a ela. Foi uma questão proposta à inteligência do coração. Privilegiar a felicidade do outro em detrimento da sua é uma bela razão, não é?
6. — Escute, cada segundo foi importante. Tudo o que eu disse é verdade. Se você conseguir, eu gostaria que se lembrasse de mim, pois nunca a esquecerei. Um outro instante seu, mesmo tão curto, valeu realmente a pena.
Arthur se afastou, sem dar as costas para ela.
— Por que disse um outro instante, Arthur? — gritou Lauren.
— Cada um dos minutos com você foi como um momento roubado. Nada poderá tirá-los de mim. Mude o mundo, Lauren. O seu mundo.
Ele deu mais alguns passos e começou a correr. Lauren gritou o nome dele. Arthur se virou.
— Por que disse um outro instante?
— Eu sabia que você existia! Eu amo você, e isso não é um problema seu.
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Beijo! Até o próximo livro com coração...!
~> Postagem interligada: Deveria ser verdade... - Relato de uma leitora enlouquecida. Falando sobre o primeiro livro: E Se Fosse Verdade.